A exposição de hoje foi Terra Natal, na Fundação Cartier. Um vídeo absurdo, mostrando a volta ao mundo em 15 dias, um outro com depoimentos de sobreviventes de povos e línguas que estão em extinção (os Yanomamis, por exemplo), e uma instalação falando sobre os fluxos de pessoas neste mundo cada vez menor, da revolução dos transportes, da correntes migratórias, seja por motivos políticos, climáticos ou econômicos. Achei essa frase super legal:
“The nature of being sedentary and nomadic has changed. […] Sedentary people are at home wherever they go. With their cell phones or laptops, [they are] as comfortable in an elevator or on a plane as in a high-speed train. This is the sedentary person. The nomad, on the other hand, is someone who is never at home, anywhere." Paul Virilio
Depois fomos ao cemitério de Montparnase, com a monolítica torre despontando ao fundo. Com seus 59 andares, foi considerado um dos prédios mais feios do mundo. Mas graças a ele, a construção de arranha céus foi banida do centro de Paris.
Mas voltando ao cemitério, não é que eu seja fã de passeios mórbidos, mas queria visitar o túmulo do Serge Gaisbourg, que tem sido a meu companheiro constante no Ipod.
E o jantar foi no Chartier, um restaurante que funciona desde 1896, bom, LINDO e barato, com fila na porta, mesa compartilhada com estranhos, pratos tradicionais (alguns bizarros, como cabeça de carneiro), garçons que anotam o pedido no papel da mesa e somam a conta ali mesmo, desafiando-nos a acompanhá-lo no 2+2.