domingo, 15 de março de 2009

Efeitos colaterais


Bauhaus: Andreas Feininger, New York nos anos 40. Filho do pintor e professor da Bauhaus Lionel.
Museu Brücke: Kirchner in Berlin. Em 1905, com outros estudantes de arquitetura, Kirchner fundou o grupo Die Brücke, contra o estilo acadêmico e por uma nova expressão artística. O seu ateliê era um ponto de encontro de artistas e boemia. O grupo teve muito sucesso e realizou várias exposições. Quando estourou a primeira grande guerra, Kirchner se alistou como voluntário, mas logo teve um colapso nervoso e para se recuperar, passou 2 anos num sanatório. Quando voltou à vida normal, várias vezes se auto retratou como um homem doente... vivia entre prostitutas e uma delas foi sua companheira até o final de sua vida. Seus quadros retratavam as ruas de Berlin e a vida na noite e nos bordéis. Sua obra foi considerada arte degenerada e mais de 600 peças fora destruídas ou vendidas por Hitler. Acabou se matando em 1938, com 58 anos.
Kirchner em seu atelier em 1915

Na Berlinischer Garlerie, uma exposição do fotógrafo Erwin Blumenfeld. Antes da guerra, ele fazia parte do movimento dadaísta, com suas colagens e fotomontagens. Ele foi um sobrevivente dos campos de concentração, e conseguiu fugir para os Estados Unidos, onde se tornou um famoso fotógrafo de moda.

Fiquei imaginando como devia ser Berlin no começo do século passado... uma cidade relativamente pequena, onde a cena artística fervilhava, com todos os movimentos de vanguarda que floreceram nos primeiros anos e explodiram depois da primeira guerra... e com a mesma energia que o momento criativo se formou, foi brutalmente reprimido durante os anos de ditadura nazi e posteriormente, pela ditadura comunista da DDR.
Eu gosto de ir à Berlinischer Galerie, pois é o melhor lugar para se ver arte que era feita na alemanha oriental. A foto é de Tacita Dean, o domo de Berlin refletido no finado Palats der Republik.

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