E nós que aqui estamos

Mais um dia de longa caminhada sem muitos planos... hoje, sábado um céu azul animador, deu pra tirar o cachecol por 10 minutos...

Na Martin Gropius Bau, uma super exposição sobre o fotojornalista Robert Lebeck e depois fui ver as maravilhosas pinturas de jardins de Emil Nolde...

Levei um susto ao passar na Schlossplatz, finalmente acabaram de desconstruir o horrendo Palatz der Republik. A história é interessante... neste lugar ficava o castelo da cidade, residência dos Reis da Prussia e depois dos Imperadores, depois que a Alemanha virou um país unificado. Durante a WWII, o castelo foi bastante destruído e, com a desculpa de que seria muito caro restaurar o prédio, os comunistas da DDR demoliram o que restou para construir o que seria o quartel general da alemanha oriental.

O fino da arquitetura socialista, moderníssimo, fazendo dupla com a Fernsehenturm, a segunda torre mais alta da europa (a primeira ficava em Moscou, evidentemente). Além de abrigar o parlamento, no Palats havia auditórios, galerias de arte e até um boliche... um dos salões era decorado com mil lâmpadas e por isso o prédio ganhou o apelido de Loja de Lâmpadas do Erich (Erich Honecker, líder da DDR). Bom, caiu o muro e em 2003 o parlamento de Berlin tomou a controversa decisão de desconstruir o Palats para restaurar o conjunto arquitetônico da Schlossplatz, resconstruindo o castelo como era por fora, mas com o interior moderno, onde seria o forum Humboldt. Demole daqui, demole de lá, sob protestos, pois o Palats também fazia parte da história da cidade, o fato é que a desconstrução do dito cujo já comeu bons milhões de Euros e o projeto está pra lá de fora do cronograma. Mais muito milhões pela frente e vamos ter aí um castelo novinho em folha novamente... ou não!

e antes de voltar para casa, um filminho bem legal, de uma diretora de 16 anos (!). Torpedo, da berlinense Helene Hegemann. Gente, com 16 anos a única coisa que eu queria era ir dançar na matinê do Olympia...