terça-feira, 30 de setembro de 2008

Seja o que Deus quiser

De volta à poluída, quente e caótica capital do Egito. Espero que vocês consigam enxergar as pirâmides, mais ou menos no fundo da foto, quase sumindo na névoa de poeira e monóxido de carbono.
O Egito é um país muuuuito pobre, a sujeira e a precariedade são assustadoras, mesmo pra gente que mora no Brasil. Mesmo nos bairros mais "chiques" não existe calçada para andar, muitos buracos, muito entulho, areia e lixo. Os prédios são todos inacabados, cada um termina o seu apartamento do jeito que dá, então, não existe nenhuma fachada regular... 
Bom, mas o presidente que está no poder há 27 anos, com 300 mil plásticas e muita tinta no cabelo, vive muito bem, obrigado. Sua residência oficial é num dos mais exclusivos resorts do mar vermelho e diz a lenda, que ele só bebe água importada da Europa... 
O trânsito é um capítulo a parte. Totalmente caótico, sem lei. Ninguém para no farol, nenhum carro tem espelho retrovisor, todo mundo anda à mil por hora, muda de faixa sem avisar, não se usa capacete, às vezes vemos 4 pessoas numa moto só, incluindo criancinhas de colo. Um verdadeiro festival de buzinas altamente estressante. A gente anda com o coração na boca. Mas por incrível que pareça, não vimos nenhum acidente... quer dizer, a nossa van trombou num taxi mais velho que matusalén, mas ninguém tem seguro nem nada... também os carros são tão velhos que nem vale a pena. O nosso guia explicou ninguém se preocupa com o trânsito louco, nem com os acidentes... está tudo na mão de Alá. Se bater, bateu: é o destino

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