sábado, 27 de setembro de 2008

Overdose faraônica

Depois de alguns dias visitando templos e tumbas a gente já começa a misturar tudo na cabeça, os nomes dos faraós e suas rainhas, as cidades, as histórias.... basicamente, uma longa longa história de conquistas e guerras, os reis deuses e sua preparação para a vida eterna. Aqui está a Nefertiti, curtindo o sol de 45º, visitando o seu antigo amigo Hórus, em Edfu.
Este é Karnak, o interminável complexo de templos, que teve a contribuição de quase todos os reis de toda a história Egípcia em suas reformas, melhorias, adendos, puxadinhos. Cada um fez questão de deixar sua assinatura em Karnak, que algumas vezes eram apagadas pelo faraó seguinte, como vingança ou megalomania mesmo.
Os números são inacreditáveis.... 2500 esfígies, obeliscos de 28 ou 42 metros, estátuas de centenas de toneladas, pedras maciças de granitos trazidas de outras cidades, 5000 trabalhadores e artesãos construindo templos e tumbas em prazos absurdos.
E alguns destes templos têm 4000 anos! E nas tumbas do Vale dos Reis, por exemplo, existem pinturas que parecem que foram feitas ontem. Parece mentira. O mais incrível, é que a organização egípcia é tão avacalhada, que você pode tocar nas pinturas, sentar em estátuas milenares...

Uma grandeza que não deve existir em nenhum outro lugar no mundo. Toda opulência e majestade ainda de pé (ou quase), mesmo depois de tanto tempo, se pode entrar, tocar e ficar de queixo caído... mas é engraçado... todos estes templos e tumbas não transpiram mais religiosidade... foram saqueados, desacralizados, esquecidos séculos sob a areia ou água, usados como refúgio, destruído por invasores... hoje são monumentais caixas de pedras vazias.

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