quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Hoje
Último dia do ano, fiz a minha bolsinha básica, um par de luvas, um guarda-chuvas, minha carteira com um dinheirinho dentro, passaporte, minha câmera, um caderno de desenhos e algumas canetinhas, que escolhi a dedo.... estava pensando em parar em algum lugar bonito e ficar vendo as pessoas passarem, sem pressa, sem compromisso, tomando um rioja... Achei uma pracinha, depois de ter andado por uma rua deserta, ensolarada e estreita, um restaurante com mesas na calçada, gente da cidade, longe do zum zum dos turistas. Esperei a mesa, demorou, mas chegou minha hora. Ao sentar, um senhor holandês me perguntou se me importaria de dividir a mesa com ele, já que ele também estava sozinho. Papo vai, papo vem, de repente, quando olho, a minha bolsa não estava mais ali. Roubaram a minha bolsa. Puts! Meu passaporte! Minha Leica linda! Puts! Pendurei a conta no restaurante, e com o meu companheiro de mesa, fui à Policia. Boletim de ocorrência, cartões cancelados, a espera de falar no consulado só no dia 2.... Deu um vazio, não cheguei a ficar triste, mas era como se este momento estivesse guardado para mim... Voltei para a pensão e o dono da casa, o cubano Gustavo, me convidou para jantar com ele e a sua namorada Italiana, que fala português. Sim, porque não, pensei. E em poucas horas, estava na cozinha, ajudando a fazer a comida, picando cebola, cenoura, fazendo canapezinhos.... o senhor holadês, ligou para o hotel, para saber se tinha dado tudo certo com os cartões e também foi convidado para a festinha... de repente mais alguns amigos, um cara de Trinidad Tobago, também perdido na Noche Vieja de Sevilla... e lá estávamos tomando vinho, comendo juntos falando um pouco de português, de espanhol e inglês, todos surpresos com as voltas que a vida dá... e assim foi o meu dia... comecei perdendo minha identidade, meu dinheiro e meu filtro, terminei numa mesa com pessoas gentis e generosas, compartilhando o nascimento de mais um ano. Mais uma vez, fui levada à um outro início de ano, há 10 anos, em Havana, quando no dia 1 de janeiro, estávamos na casa do Manco, tomando rum e dançando salsa...... e assim as coisas vão e voltam... que venha mais um ano! Feliz 2009!
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Naranjas de Sevilha
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Depois da tempestade vem a bonança
Onde o vento faz a curva
No melhor esquema me chama que eu vou, desci com a Nanda e a Marcela para a pontinha da Espanha, no Estreito de Gibraltar. A África está logo ali, só meia horinha de ferry. As meninas vão passar o reveillon num pueblo em Marrocos, com o André e a Maria, que nos receberam com o maior carinho em Tarifa.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Já estou com saudade... da terra da saudade
um dia pela Alfama
Segui o roteiro do Lonely Planet, subi com o bonde 28 até o largo da Graça, e fui descendo... parando nos mirantes, com vista para o Tejo e música de Cabo Verde...
acabei na Baixa, na Conserveira de Lisboa, sardinhas, bacalhaus, anchovas, atuns e afins, embalados à moda antiga desde 1930, na rua dos Bacalhoeiros, ó pá!
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Quantas docas tem Lisboa?
A Vida Portuguesa é uma das lojas mais legais que encontrei em toda viagem. Uma verdadeira declaração de amor à nostalgia da terrinha... eles reeditam produtos antigos em embalagens originais, como sabonetes, cremes para barbear, doces, cerâmicas, bordados... Vale a pena visitar o site e dar uma olhada nas coisas lindas.
Fui a pé, do Bairro Alto até lá, passando pela Baixa, Alfama, ao longo das docas do Tejo, num dia lindo de sol e frio.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Para o cima e para o alto!
Olha ela aí, gente... visitando o Castelo dos Mouros, em Sintra, depois de subir os degraus de pedra. No topo de um morro, na curva do mar, vigilância do alto para todas as direções, a muralha aguenta firme há alguns séculos.
cada parede decorada de uma forma diferente, algumas vezes com azulejos tradicionais portugueses, outras motivos árabes, ou de madeira talhada, ou de seda chinesa... e os cômodos têm os móveis e toda a decoração da época, segunda metade do século XIX.
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Outro reencontro especial, a Mirian, também amiga da faculdade, com direito a conversas com picnic no alto da muralha, passeio por Cascais, e as atualizações da vida sobre xícaras de café e chocolate.
que me mostraram os quatro cantos de Lisboa e outra mistura sensacional: a Muamba, um prato angolano, que nada mais é do que o nosso querido frango com quiabo e angu, mas com o tempero de dendê. A África está entre nós.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Coimbra
Queria conhecer esta cidade, que tem uma das universidades mais antigas e tradicionais da europa (século XVI)
e visitar a Jana, minha colega de Ufmg, que não via desde a nossa formatura...
foi tão legal reencontrá-la nesta cidade, onde o tempo parece que não passou... passamos os dias conversando como se a gente estivesse nos corredores da Fafich ainda ontem...
pois assim como as roupas dos estudantes de Coimbra, parece que a gente mudou muito, mas no fundo, no fundo ainda somos as mesmas.
Fundação Serralves
O museu de arte contemporânea Serralves, fica fora do centro histórico do Porto. No meio de um parque, um prédio lindo e moderno, projeto de Álvaro Siza.
a sala em silêncio, mas parece até que a gente ouve um zum zum zum na nossa cabeça.
(um parêntesis: Santiago)
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Gente! O Porto é lindo!
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