quarta-feira, 18 de junho de 2008

Uma arquitetura para um museu

Este é o Jüdisches Museum Berlin, um prédio espetacular projetado para abrigar uma exposição permanente sobre a história e a cultura do povo Judeu. Dividido em três eixos: Emigração, Holocausto e Continuidade, o prédio novo praticamente não tem nenhum ângulo reto. As paredes são levemente inclinadas e o chão também. Ao andar pelos corredores têm-se uma sensação de insegurança e vertigem. O eixo do holocausto vai ficando cada vez mais extreito e escuro, pelo corredor vamos vendo objetos e histórias de famílias judias que foram mortas durante a segunda guerra. No final, entramos na torre do Holocausto -- uma sala fechada por um pesado portão de ferro, com as paredes de concreto com 24 metros de altura, iluminado apenas por uma pequena fenda no alto, por onde entram os sons do mundo exterior e um pequeno fio de luz. É muito impressionante ficar neste lugar por alguns minutos. No eixo da emigração conta-se a história das pessoas que conseguiram ir para outros países e lá se estabeleceram e criaram novas famílias, porém nunca desligadas do destino trágico dos que ficaram. No final deste corredor, entramos no Jardim do Exílio, um conjunto de colunas de concreto dispostas em um chão inclinado, que provocam a sensação se estar num navio, num mar de grandes ondas. O eixo da continuidade é o que leva à parte que conta toda a história do povo Judaico desde os primórdios. Os costumes, as roupas, os livros, o conhecimento, as pessoas importantes. Dá pra ficar horas e horas vendo tudo.
O mais engraçado foi sair da exposição e ver um campeonado de xadrez, com uns 300 jogadores. Um aglomerado de bizarros nunca antes registrado!

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