domingo, 29 de junho de 2008

Um outro Biergarten



Ainda na série destruídos com charme, este é o Edelweiss, um Biergarten em Kreuzberg.

Decadance avec elegance




Berlin é cheia de prédios meio destruídos, que sobreviveram aos bombardeios da segunda guerra e nunca mais foram renovados. Muitas vezes esses prédios são moradias, bares, ou espaços para esposição, como este: CO-Berlin. Eu e o Ruy visitamos esta esposição maravilhosa. As fotos de Esko Männikkö são maravilhosas e os slides Jacob Holdt mostram uma impressionante intimidade nos guetos negros dos USA nos anos 70.

Fazendo conceito


A Bia não tem nem um aninho, mas ela faz conceito como ninguém!

sábado, 21 de junho de 2008

Nefertiti na Hagia Sofia


Aqui, de onde a imperatriz assistia ao serviço religioso, me sinto muito bem. É bom ver tudo aqui do alto. Neste templo antigo me sinto mais próxima de casa. Assim como a minha pirâmide, este templo foi invadido e pilhado muitas e muitas vezes. Também viveu momentos de pompa e glória. Desde que foi construído, lá pelo anos de 532-7 foram muitos dias de intensa história. Hagia Sofia, ou Santa Sabedoria. Não sei porque, mas eu gosto muito daqui.

Turkish delight


O melhor doce do mundo se come aqui, no Saray Muhallebicisi.

O tapete vermelho da Mesquita Azul


Os tapetes são incrívelmente macios, os mais macios que já pisei. 



De repente, Istanbul

Sentadas no Lust Garten, a conversa foi mais ou menos assim: Fatima: "Ai, depois que eu li o livro do Pamuk, que queria taaaanto ir para Istanbul!" Elisa: "Mas então porque você não vai, é aqui pertinho, eu vou com você, se você quiser". Nunca achei que estaria aqui de volta tão cedo! Bom, aqui estamos. Merhaba, Istanbul!

O Ipiranga de Berlin

Schöneweid, Berlin: uma linha de trem, um rio que vinha das minas de carvão da silésia, um vento que soprava do leste para o oeste. Condições mais que favoráveis para se criar um grande parque industrial de Berlin. O carvão vinha da polônia, o rio era a estrada de transporte e o vento, não deixava que a fumaça preta da indústria fosse para o lado leste da cidade, onde viviam os burgueses e a fina nata da sociedade. A fumaça, os apartamentos apertados sem banheiro e sem aquecimento, as ruas sem árvores ficavam para os trabalhadores. Isso começou lá no começo do século 19. Neste lugar foi inventado o jeito de transformar a energia produzida pelo carvão em energia elétrica e depois, como transportar esta energia por longas distâncias. Ou seja: a base da indústria moderna. Quando a Alemanha foi dividida, este lugar ficou parte da DDR e parou no tempo, nunca sendo revitalizado, ou modernizado. Na reunificação da cidade e do país, o que restava eram apenas galpões e galpões com equipamentos antiquados, instalações precárias -- não havia a menor chance contra as indústrias modernas do lado ocidental. As fábricas foram fechando uma a uma, os empregos acabando, a vizinhaça se deteriorando, o alcoolismo cada vez maior...... Aí, a cidade que nunca para de se reiventar e revitalizar começou a criar um novo uso para estes galpões velhos e tristes, a beira do Spree: escolas! Modernizados e adaptados, estes galpões se transformam pouco a pouco em escolas técnicas, abrigando 8000 alunos, e trazendo nova vida ao bairro.
Neste passeio tivemos a oportunidade de ver um pedaço da cidade em transformação, ainda é possível ver todas as instalações fabris como eram no começo do século 20, os prédios decadentes ainda aquecidos a carvão e a mutação para um presente cheio de esperança e juventude.
O nosso maravilhoso guia Matthias Rau nos mostrou mais uma vez o lado B de Berlin, onde não existe starbucks e nem turistas descolados. Aqui o bicho pega!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Kraftwerk Tango

Ontem fomos ao Clärchens BallHaus, uma casa de baile do começo do século passado, que conserva a mesma atmosfera. Era a noite da tango, que parece ser uma verdadeira febre aqui na Europa.

Uma arquitetura para um museu

Este é o Jüdisches Museum Berlin, um prédio espetacular projetado para abrigar uma exposição permanente sobre a história e a cultura do povo Judeu. Dividido em três eixos: Emigração, Holocausto e Continuidade, o prédio novo praticamente não tem nenhum ângulo reto. As paredes são levemente inclinadas e o chão também. Ao andar pelos corredores têm-se uma sensação de insegurança e vertigem. O eixo do holocausto vai ficando cada vez mais extreito e escuro, pelo corredor vamos vendo objetos e histórias de famílias judias que foram mortas durante a segunda guerra. No final, entramos na torre do Holocausto -- uma sala fechada por um pesado portão de ferro, com as paredes de concreto com 24 metros de altura, iluminado apenas por uma pequena fenda no alto, por onde entram os sons do mundo exterior e um pequeno fio de luz. É muito impressionante ficar neste lugar por alguns minutos. No eixo da emigração conta-se a história das pessoas que conseguiram ir para outros países e lá se estabeleceram e criaram novas famílias, porém nunca desligadas do destino trágico dos que ficaram. No final deste corredor, entramos no Jardim do Exílio, um conjunto de colunas de concreto dispostas em um chão inclinado, que provocam a sensação se estar num navio, num mar de grandes ondas. O eixo da continuidade é o que leva à parte que conta toda a história do povo Judaico desde os primórdios. Os costumes, as roupas, os livros, o conhecimento, as pessoas importantes. Dá pra ficar horas e horas vendo tudo.
O mais engraçado foi sair da exposição e ver um campeonado de xadrez, com uns 300 jogadores. Um aglomerado de bizarros nunca antes registrado!

Tenho visita!


Chegou a Fátima para passar a semana aqui comigo, em Berlin. A gente anda e fala o dia inteiro. Não falta assunto nem perna para essas duas autênticas geminianas!

Prater



O Prater é talvez o mais antigo Biergarten de Berlin, e com certeza, o mais simpático. Normalmente está sempre cheio de gente, mas este dia estava frio e ninguém se animou a ficar do lado de fora. Como um presente, um solzinho de fim de dia iluminou as mesas amarelas.

domingo, 8 de junho de 2008

Verão!

Achei que eu ia me esbaldar num lago para refrescar o calor, eis que me deparo com esta fila gigantesca para entrar na "praia" em Wansee, cheia de alemão com roupa de banho e meia! Claro que eu dei meia volta e fui achar um outro cantinho na sombra para descansar. Acabei passando o dia no jardim botânico.

8/06/08

Hoje resolvi me aventurar e peguei a bicicleta e fui até Wansee, tentar me refrescar numa das praias, em um dos imensos lagos. São treze quilômetros ao sul, tudo com caminho próprio para bicicletas, tudo super bem sinalizado, passando por parques florestais e bairros arborizados. No caminho tem esse espaço cultural: Haus am Waldsee com uma exposição super legal do artista norueguês Olav Christopher Jenssen. 


no jardim da casa também tinha um protótipo de uma moradia modular, muito bonitinha.


De volta a Berlin


Depois do final de semana na itália, acho que dei uma relaxada e quando voltei para Berlin, o meu já curto alemão simplesmente desapareceu. Sempre às voltas com as meninas argentinas e espanhola, fiquei parecendo aquele personagem do "O nome da Rosa", que falava todas as línguas e nenhuma. Parece que a cabeça deu um curto-circuito. Decidi então, tentar falar só alemão, e pegar firme na gramática, para organizar melhor a minha fala!
Na foto de cima, é a Ester, na Sofiestrasse, ao lado de uma roseira impressionante. Abaixo, Sandra e Laura, as minhas companheiras terceiro-mundistas.

Bocchi


O meu aniversário eu passei na casa da Paula e do Ruy, em Milão, quer dizer, em Bocchi, falando português, bebendo vinho, comendo pasta e fazendo origamis. Ainda tomei um verdadeiro gelatto italiano! Obrigada à família Juchem-Teixeira!