Primeiramente foi um dos hospitais mais modernos da Europa, construído entre 1845-47. Tinha um grande jardim e grandes janelas. Felizmente, sobreviveu ao massivo bombardeio que a cidade sofreu na segunda guerra. Quando a cidade foi dividida, o hospital ficou isolado, no útlimo cantinho da Berlin Ocidental, com o muro passando bem atrás dele. O bairro onde está localizado, Kreuzberg, de repente virou periferia e foi ficando cada vez mais desvalorizado, sendo o destino preferido do emigrantes Turcos que chegavam em Berlin. Nos anos 70, o hospital há muito já não era mais moderno e foi desativado. Por pouco a casa não foi demolida. Na tentativa de integrar a população turca à cidade, foi feita ali a primeira biblioteca para a lingua turca em Berlin. A história é um pouco mais complicada, pois Kreuzberg é também o epicentro do movimento de invasões de Berlin. Ou seja, um determinado grupo de pessoas invade uma casa desocupada e lá se instala e não há polícia que os tire de lá. Quando a cidade foi reunificada, transformaram o antigo hospital em uma casa de cultura, que não só é um espaço para exposições, mas também hospeda artistas bolsistas, que lá, têm seu atelier e material para trabalho. A Kunstlerhaus Bethanien tem também uma pequena editora artesanal para produzir livros de artistas com edições limitadas em silk que qualquer um, com hora marcada pode usar. É um lugar super interessante que tem uma grande importância política e simbólica, nela está espelhada a complexa história da cidade e a sua enorme capacidade de se reiventar, criar áreas de tolerância e criatividade. E é claro, existe um núcleo de invasão dentro da própria Kunstlehaus Bethanien.
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